Construção sustentável, conhecida também como construção verde ou green building, é um conceito que usa medidas ecologicamente corretas em todo o processo, como citamos no artigo “Inovação na construção civil”, juntamente com outras tendências inovadoras.

A construção sustentável parte da ideia de criar edifícios que diminuam os impactos ao meio ambiente . Ela se baseia no tripé da sustentabilidade, ou seja, leva em conta a responsabilidade social, a responsabilidade ambiental e a prosperidade econômica, na busca por melhorar a qualidade de vida.

Imagem de Freepik

Atualmente, vários projetos de construção já são classificados como edifícios verdes, apresentando características que os destacam dos edifícios comuns. 

Ficou interessado? Então continue a leitura e saiba mais sobre o que é uma construção sustentável, suas vantagens e o porquê esse tipo de construção tem sido cada vez mais valorizado.

O que é Construção sustentável

Uma construção sustentável é um tipo de construção que utiliza processos ambientalmente responsáveis e eficientes desde o planejamento, projeto, construção, operação, manutenção e renovação, até demolição, de acordo com o ECivil.

Para isso, há uma grande necessidade de cooperação entre empreiteiro, arquitetos, engenheiros e clientes, em todas as fases, de modo que seja uma construção que atenta às preocupações clássicas de design, economia, utilidade, durabilidade e conforto.

Objetivo da construção sustentável

Pode-se dizer, então, que o objetivo de uma construção sustentável é reduzir o impacto global do ambiente construído na saúde humana e no ambiente natural. Para isso, busca-se:

  • Utilizar eficientemente energia, água e outros recursos; 
  • Proteger a saúde dos ocupantes e melhorar a produtividade dos funcionários;
  • Reduzir o desperdício, a poluição e a degradação ambiental.

Desta forma, tenta-se estabelecer o equilíbrio entre ambientes construídos e ambientes naturais, visando garantir a qualidade de vida para seus usuários. 

Vantagens

Uma construção sustentável sabe utilizar bem os recursos disponíveis e contribui para o desenvolvimento da cidade. Veja as vantagens dos edifícios verdes em relação aos convencionais:

  • Menor custo de manutenção;
  • Menor consumo de energia;
  • Maior satisfação do usuário;
  • Redução nos níveis de emissão de CO2.

Nesse sentido, com a utilização de novas tecnologias é possível transformar residências e empresas em estruturas inteligentes e sustentáveis, com capacidade de, por exemplo, gerar a própria energia, reciclar a água e promover o aquecimento ou resfriamento sem necessidade de aquecedor central ou ar-condicionado.

Demanda por profissionais especializados

Um edifício verde, para ser construído, precisa de engenheiros que saibam lidar com sistemas de energia renovável, arquitetos capazes de elaborar projetos bonitos com emissões zero ou que utilizem materiais reciclados. Além disso, há a necessidade de planejadores urbanos que sejam capazes de conectar os transportes públicos de maneira eficiente, bem como de especialistas em finanças para melhor gerenciar construções sustentáveis.

Portanto, espera-se  um aumento considerável da demanda por profissionais capacitados a desenvolver, construir e manter um projeto sustentável.

Construção civil e o meio ambiente

Não há como negar que a construção civil atua ativamente no desenvolvimento do país. Entretanto, suas atividades causam impactos no meio-ambiente, pois, durante uma obra, é possível observar:

  • Alta geração de resíduos;
  • Poluição sonora;
  • Aumento do consumo de energia;
  • Desperdício de água;
  • Possibilidade de afetar lençóis freáticos e até mesmo a impermeabilização do solo;
  • Aumento da poluição, quando leis e normas não são respeitadas.

Além disso, o setor da construção civil pode se relacionar com as causas do aquecimento global, tendo em vista a falta de legislações e práticas que ainda não preveem, por exemplo, o replantio de árvores visando minimizar os danos gerados durante uma obra.

Portanto, práticas mais sustentáveis por parte das construtoras são bem-vindas e, por isso, os edifícios verdes são tendências. Até mesmo os consumidores estão ficando mais exigentes nesse aspecto, com maior senso crítico e consciência em relação aos produtos e serviços que consomem. 

Foto do site Shutterstock

Em outras palavras, a crise climática e o colapso ambiental têm motivado diversos setores a repensarem práticas e adotarem métodos de menor impacto no ecossistema. Dessa forma, a construção civil e a arquitetura seguem neste mesmo caminho.

Recursos para uma construção sustentável

Atualmente, existem recursos que podem ser empregados na construção civil visando atender as exigências da sustentabilidade. Veja alguns exemplos:

  • Madeira engenheirada: é carbono neutro e substitui o cimento e o concreto com segurança, praticidade e versatilidade;
  • Telhados verdes: ajudam a drenar e a captar água de chuva, além de contribuir com a diminuição das temperaturas e das ilhas de calor;
  • Aproveitamento de águas pluviais: captação, limpeza e armazenamento da água da chuva por meio de um sistema simples, direcionando essa água para descargas e torneiras de irrigação de jardins;
  • Sistema de reúso de água: a água do banho pode ser parcialmente tratada e direcionada para a irrigação dos jardins, por exemplo;
  • Geração de energia limpa: utilização de placas fotovoltaicas que viabilizam a geração de energia limpa e econômica.

Construção sustentável – certificações

O selo verde tem grande importância na construção civil, pois coloca em destaque a responsabilidade ambiental na execução das atividades. No entanto, para conseguir a certificação com selo verde, é necessário passar por uma avaliação que é feita considerando alguns critérios. São eles:

  • Menor impacto possível no ecossistema;
  • Uso racional e o reúso de recursos naturais, como a água;
  • Relação do empreendimento com o seu entorno;
  • Descarte consciente de materiais e resíduos;
  • Menor emissão de gases;
  • Madeira proveniente de manejos responsáveis nas florestas.

Alguns selos, como o LEED – Leadership in Energy and Environmental Design -, atestam que uma construção se adequa aos requisitos de sustentabilidade, eficiência energética e bem-estar estabelecidos. 

A Certificação GBC Brasil Casa® , por sua vez, foi projetada para enfrentar os desafios ambientais e responder às necessidades de um mercado competitivo. Trata-se, então, de residências que oferecem custos operacionais mais baixos, aumento do valor patrimonial, redução de resíduos enviados para aterros sanitários, conservação de energia e água, e ambientes mais saudáveis e produtivos para ocupantes. O resultado é o aumento da qualidade de vida, saúde e bem estar, redução das emissões de gases de efeito estufa e qualificação para descontos fiscais, subsídios de zoneamento e outros incentivos financeiros por parte do poder público.

Por fim, selos ambientais, como o LEED e o GBC Casa, emitido pelo Green Building Council Brasil, proporcionam maior segurança a quem habita a residência, além de valorizarem o imóvel.

Incentivos fiscais

O governo brasileiro vem incentivando a construção sustentável nos últimos anos com programas que visam, principalmente, a redução do custo fiscal de uma edificação. 

Desta forma, oferece-se alguns descontos em impostos ligados à construção e/ou posse de edifícios. De acordo com informações do Química Jr, esses incentivos se organizam em cinco categorias: IPTU Verde; Ecoeficiência; Preservação, conservação e recuperação do meio ambiente; Mudanças climáticas; e Pagamentos por Serviços Ambientais (PSAs).

Conclusão

Neste artigo você viu que uma construção sustentável é projetada para minimizar os impactos ambientais e promover bem-estar e qualidade de vida. Portanto, com tantas vantagens, não é de se estranhar a valorização cada vez maior das construções verdes!

Que tal, agora, saber mais sobre outros temas do ramo imobiliário? Aqui, no Blog da InMediam, você fica bem informado sobre vários assuntos. Aproveite e compartilhe com um amigo!

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